domingo, 27 de junho de 2010

Existem duas maneiras possíveis, para mim, de guardar certas coisas na nossa vida: dentro de nós ou de uma maneira mais visível e palpável. O quero dizer com isto é simples, podemos guardar palavras bonitas na nossa memória, ou podemos escrevê-las num papel; podemos recordar um momento quando fechamos os olhos e tentamos recuar no tempo, ou podemos olhar para uma fotografia. (Eu sou a favor de fazer as duas coisas simultaneamente)
Os papéis ou fotografias... usamo-los como provas da existência de algo. Não tenho nada contra eles, muito pelo contrário, mas estou a escrever isto porque hoje fiz uma descoberta bonita.
Quando comecei a remexer em tudo o que estava no quarto olhei para os objectos e apercebi-me de que alguns descrevem coisas que já não existem dentro de mim, enquanto outros não precisariam de existir para eu ter a certeza da existência daquilo que descrevem. E por que é que isto é bonito? Não sei, mas eu gosto.
Portanto, vou arrumar de vez aquilo que já não existe verdadeiramente; não quero iludir ninguém com aparências.

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